Pesquise neste blog

terça-feira, 15 de maio de 2012

Mandrake e sua gangue de tietes zumbis devoradoras de corações

Eu era, enfim, um escritor conhecido e bastante requisitado para sessões de leitura, e aquilo estava acabando comigo. Voltava para casa com a voz um tanto rouca.
-Não perca a cabeça- diziam-me escritores experientes.
 Mas aquilo era difícil, visto o assédio que eu sofria.O que parecia uma noite comum, acabou se tornando num inferno.
 Tietes me espreitavam no escuro. Pude somente ver seus olhos brilhando, as retinas eram risquinhos verticais. Aí, um sujeito vestido de Mandrake pula duma árvore, dá um tiro na lua e grita:
-Peguem-no!
 Eu sabia o que queriam, e elas sabiam que eu sabia disso.
 Não era a primeira vez que nos encontrávamos e, receio, não seria a última.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Fechou o cerco na C.B.

 O meu nariz é um bom conhecedor de jabs, cruzados, cadeiras, portas e o próprio asfalto, só não aprendeu a desviar deles; não comigo, bêbado, no controle. É um alvo, a 1ª coisa a ser acertada por qualquer coisa.
 Queria ser como os...Hunos. É. Um Huno, montado num cavalo, de lança na mão, berrando e quebrando e pondo fogo em tudo, causando o terror e o escambau; saqueando vilarejos, arrastando aldeãs e essa merda toda. O Rapto das Sabrinas.
 -VEM!
 -Mas...e os meus pais?
 -NÃO VOU PEDIR DE NOVO!
 Ontem fechou o cerco na Cidade Baixa ("alternativos", humpf), enquanto eu bebia tranquilamente. Do lado de cá era foda, sempre foi, embora o território fosse neutro. Antes do troço estourar de vez, ouve-se uma vozinha abafada, lá no fundo:
 -Detenham os Hunos!

 Merda.