Eu era, enfim, um escritor conhecido e bastante requisitado para sessões de leitura, e aquilo estava acabando comigo. Voltava para casa com a voz um tanto rouca.
-Não perca a cabeça- diziam-me escritores experientes.
Mas aquilo era difícil, visto o assédio que eu sofria.O que parecia uma noite comum, acabou se tornando num inferno.
Tietes me espreitavam no escuro. Pude somente ver seus olhos brilhando, as retinas eram risquinhos verticais. Aí, um sujeito vestido de Mandrake pula duma árvore, dá um tiro na lua e grita:
-Peguem-no!
Eu sabia o que queriam, e elas sabiam que eu sabia disso.
Não era a primeira vez que nos encontrávamos e, receio, não seria a última.
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